O que é considerado
reganho de peso?

Após a Cirurgia Bariátrica, todos os pacientes atingem um peso mínimo geralmente entre 6 e 18 meses, contudo o reganho de peso pode ocorrer. Considera-se um ganho de peso esperado quando ele chega a até 20% do peso perdido após a cirurgia. Acima de 20% já é considerado Recidiva da Obesidade (reganho de peso)45.

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Atenção aos Sinais

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Se os números na balança começarem a subir novamente, é hora de agir. A obesidade é uma condição crônica e precisa ser monitorada como tal, por isso, não hesite em buscar a orientação de um médico para entender o que está acontecendo e encontrar soluções. Entenda quando o aumento de peso pode ser considerado Recidiva da Obesidade (reganho de peso).

20% Taxa máxima de reganho de peso considerado normal após um tratamento bem-sucedido.45

15 a 35% Dos pacientes pode experimentar um Reganho de peso progressivo e significativo, que irá requerer uma nova abordagem.46

Procurar orientação especializada é essencial, mesmo em casos de reganho.

Causa da Recidiva de Peso

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O reganho de peso após a cirurgia bariátrica pode ser causado por fatores fisiológicos e comportamentais. Entre as razões estão a retomada de hábitos alimentares e comportamentais anteriores à cirurgia, a adaptação do corpo ao procedimento e a dilatação do novo estômago com o tempo, permitindo maior ingestão de alimentos45.

Do ponto de vista hormonal, o set point hipotalâmico pode levar o corpo a tentar retornar ao peso anterior.47 Pacientes que não fazem acompanhamento pós-cirúrgico adequado e não tratam fatores determinantes para a obesidade, como a compulsão alimentar, têm maior probabilidade de reganhar peso.

tratamento

Tratamentos em caso de Recidiva

Quais tratamentos considerar em casos de reganho de peso pós colocação de Balão Intragástrico ou Gastroplastia Endoscópica?
    Balão Intragástrico60
  • Novo Balão + Medicação
  • Gastroplastia Endoscópica (ESG)
  • Cirurgia Bariátrica
    Gastroplastia endoscópica (ESG)26,61,63
  • Re-ESG
  • Re-ESG + Medicação
  • Cirurgia Bariátrica
Nos casos de Recidiva da Obesidade, com ganhos progressivos de peso em pacientes submetidos previamente a Tratamentos Endoscópicos, apresenta-se como vantagem a possibilidade de novas intervenções endoscópicas, associadas ou não a medicação. Procedimentos cirúrgicos também poderão ser realizados. No caso de uma Gastroplastia Endoscópica prévia, um Balão Intragástrico não poderá ser considerado.

Quais tratamentos considerar em casos de reganho de peso pós Cirurgia Bariátrica de Gastrectomia Vertical (Sleeve)?
    Gastrectomia Vertical (Sleeve)
  • Gastroplastia Endoscópica (ESG)
  • Bypass
Quando a cirurgia inicial foi a Gastrectomia Vertical, é importante avaliar a dilatação ou alargamento do estômago por endoscopia digestiva, pois isso pode ser um fator de risco para o reganho de peso. Se o reganho for significativo, uma segunda cirurgia pode ser realizada para transformar a Gastrectomia Vertical em um Bypass Gástrico, procedimento conhecido como cirurgia de conversão. Como alternativa, a Gastroplastia Endoscópica pode ser utilizada para reduzir o volume do estômago e evitar a cirurgia de conversão. Este procedimento que usa o sistema OverstichTM da Boston Scientific para realizar suturas endoscópicas, mostrou em estudos 18,2%18 de perda de peso corporal total no primeiro ano.

Quais tratamentos considerar em casos de reganho de peso pós Cirurgia Bariátrica de Bypass Gástrico?
    Bypass Gástrico
  • Argônio (endoscópico)
  • TORe (sutura endoscópica)
  • TORe (sutura endoscópica) + Argônio
  • Cirurgia Bariátrica Revisional
As opções de cirurgia revisional para pacientes com reganho de peso após Bypass Gástrico são limitadas e mais arriscadas, o que requer cirurgião com muita experiência nessa abordagem. É crucial realizar uma endoscopia para avaliar a dilatação do estômago (pouch) e da anastomose gastrojejunal, pois ambos são fatores de risco para o reganho de peso.50 Para tratar esses casos, o objetivo é reduzir o tamanho da anastomose e do pouch gástrico. No Brasil, as principais técnicas utilizadas são o Plasma de Argônio e a Gastroplastia Endoscópica com o sistema Overstitch® da Boston Scientific, frequentemente usadas em combinação.51

Revisão de Bypass Gástrico com a técnica de Redução Orifício Transoral (TORe)

É um procedimento minimamente invasivo, realizado por endoscopia, desenvolvido para pacientes que tiveram reganho de peso após a cirugia de Bypass Gástrico

Recalibrar para recomeçar

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A sua nova oportunidade após o reganho de peso. O procedimento TORe funciona reestabelecendo a restrição na passagem do alimento. Ao reduzir a abertura entre o estômago e o intestino para menos de 10 mm, ela devolve a você a capacidade de controlar as porções de forma eficaz.

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Saiba mais
Plasma de Argônio

O Plasma de Argônio é uma técnica endoscópica que pode ser usada para tratar o reganho de peso após Bypass Gástrico. Envolve a aplicação de uma faísca na anastomose gastrojejunal para causar uma queimadura circunferencial, que cicatriza ao longo de dias a semanas, reduzindo o tamanho da anastomose. Geralmente, são necessárias três sessões e a redução do tamanho final da anastomose pode variar, dependendo da cicatrização do paciente

Evidências clínicas

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10% de perda de peso, após um ano

Este tratamento é respaldado por estudos e consensos clínicos, incluindo pareceres da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, demonstrando sua eficácia e segurança.

A perda de peso média é de cerca de 10% um ano após o procedimento, com complicações leves ocorrendo em aproximadamente 5% dos casos.51,52

Segurança

Resultados semelhantes e segurança aprimorada em relação às abordagens de revisão laparoscópica53.

Eficácia

Estudos recentes com essa técnica mostram uma perda de peso corporal total de 8.5% em 12 meses53,54.

Durabilidade

Estudos de longo prazo mostram que os pacientes mantêm a perda de peso em 5 anos após um procedimento TORe55.

Manutenção do peso após procedimentos para tratamento da obesidade

    ACOMPANHAMENTO CONTÍNUO

  • Realizar acompanhamento regular com uma equipe multidisciplinar.
  • MUDANÇAS COMPORTAMENTAIS

  • Adotar e manter hábitos alimentares saudáveis e comportamentos adequados, evitando a retomada de padrões anteriores à cirurgia.
  • MONITORAMENTO HORMONAL

  • Tratar fatores hormonais, que podem influenciar o apetite e o peso corporal, com orientação médica adequada.
  • SUPORTE
    PSICOLÓGICO

  • Receber apoio psicológico para tratar transtornos alimentares, compulsão alimentar e outros fatores emocionais que possam levar ao reganho de peso.
  • PROGRAMA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS

  • Participar de um programa regular de atividades físicas supervisionadas para ajudar a manter a perda de peso e melhorar a saúde geral.
  • AJUSTES ENDOSCÓPICOS OU CIRÚRGICOS

  • Realizar novos procedimentos, para corrigir a dilatação do estômago ou outras alterações que possam contribuir para o reganho de peso.
  • EDUCAÇÃO E SUPORTE CONTÍNUO

  • Participar de programas educacionais e grupos de suporte para obter informações e compartilhar experiências sobre a manutenção do peso a longo prazo.

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Fontes
1. BRASIL, Vigitel. VIGILÂNCIA DE FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS POR INQUÉRITO TELEFÔNICO. 2019. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_brasil_2019_vigilancia_fatores_risco.pdf. Acesso em: 23 Jul. 2024.
2. WHO Consultation on Obesity (1999: Geneva, Switzerland) & World Health Organization. (2000). Obesity: preventing and managing the global epidemic: report of a WHO consultation. World Health Organization. Disponível em: https://iris.who.int/handle/10665/42330.
3. Mapa da Obesidade. Disponível em: https://abeso.org.br/obesidade-e-sindrome-metabolica/mapa-da-obesidade/. Acesso em: 22 Jul. 2024. 4. WORLD OBESITY FEDERATION. World Obesity Atlas 2022. [s.l: s.n.]. Disponível em: https://s3-eu-west-1.amazonaws.com/wof-/World_Obesity_Atlas_2022.pdf. (accessed on 15 February 2023).
5. AISON K, I. et al. Psychological impact of obesity: A comprehensive analysis of health-related quality of life and weight-related symptoms. Obesity Medicine, v. 45, p./ 100530, 1 jan. 2024.
6. PATSALOS, O. et al. Diet, Obesity, and Depression: A Systematic Review. Journal of Personalized Medicine, v. 11, n. 3, 3 mar. 2021.

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